O QUE ACONTECEU EM 1971?

Em 1971 o dólar perdeu seu lastro em ouro, permitindo aos EUA que imprimissem dinheiro sem controle.

Isso fez os preços das coisas subirem e os salários não acompanharam, apesar do avanço tecnológico ter aumentado a produtividade.

Antes de 1971 o Estado precisava comprar ouro se quisesse imprimir mais dólares.

Depois, com o dólar sem lastro em ouro, ele podia criar quanto dinheiro quisesse.

E foi isso que ele fez.

No Mercantilismo, Estados acumulavam mercadorias para aumentar seu poder.

No Capitalismo, a acumulação de capital definia a riqueza.

No Creditismo, o objetivo é acumular dívidas.

Em 1971 ocorreu o fim do Capitalismo e o começo do Creditismo.

No Creditismo, acumular capital não é desejado.

O Estado é, então, incentivado a gastar mais do que arrecada, pois assim ele acumula o que realmente tem valor:

Dívidas, as quais ele pagará no futuro imprimindo mais do próprio dinheiro.

$1 de 1635 valia $0.61 em 1935, perdendo 40% do seu valor em 300 anos.

Já o dólar atual perdeu 40% do seu valor apenas nos últimos 20 anos.

No Creditismo, o Estado sempre se endivida e reduz o peso dessa dívida através da diluição da moeda na qual a dívida foi feita.

A disparada da inflação pós-71 é resutado direto da impressão de dinheiro.

As coisas não ficaram mais caras porque eram mais difíceis de produzir, mas sim porque o dinheiro valia menos.

Centenas de anos de inflação ocorreram em décadas.

O preço das casas também aumentou muito depois de 1971.

Quem já possui propriedade vê o valor da sua casa aumentar, e quem não possui fica ainda mais longe de ter uma moradia.

Com o valor das casas aumentando muito mais do que a renda, o cidadão médio precisou trabalhar três vezes mais do que seus pais para comprar uma casa.

Com o custo de viver aumentando e casas tornando-se mais caras, não é supreendente que jovens adultos passem a morar mais tempo com os pais.

O aumento de preços afeta principalmente os mais pobres. Por exemplo, quando a carne fica mais cara o rico não muda o seu almoço, mas o pobre passa a comer apenas frango.

Além disso, também fomenta a desigualdade, pois aumenta, por exemplo, o preço de imóveis. Quem é dono de imóveis aumenta seu patrimônio e quem não é fica ainda mais longe de ter uma moradia.